A maioria das doenças renais tem característica silenciosa, e geralmente são detectadas por exames de rotina. Estas doenças podem ser primárias (como as nefrites) ou secundárias (como por exemplo a nefropatia diabética). O diagnóstico deve ser feito precocemente para que os tratamentos sejam eficazes e o risco de piora da doença renal seja minimizado. Se você tem dúvidas sobre sua saúde renal, não deixe de fazer exames e consultar um especialista na área.

Doenças renais primárias referem-se a distúrbios que afetam diretamente os rins, sem serem causados por outras condições médicas subjacentes. As doenças renais primárias são doenças que afetam os rins diretamente. Elas podem ser causadas por uma variedade de fatores, incluindo infecções, doenças autoimunes e defeitos genéticos. O diagnóstico precoce se faz necessário, já que são doenças silenciosas. O manejo adequado dessas doenças são cruciais para preservar a função renal e evitar complicações graves.

Doenças renais secundárias são desordens renais resultantes de condições médicas subjacentes. Elas são causadas por outras doenças ou condições, como diabetes, hipertensão, obesidade, doenças cardíacas, e doenças auto-imunes. Os sintomas das doenças renais secundárias podem variar dependendo da doença causadora, mas também pode ser silenciosa. Se você tem uma das comorbidades supracitadas, é pertinente saber sobre saúde renal, com exames e seguimento médico periódicos.

A doença renal crônica é uma condição progressiva em que os rins gradualmente perdem sua capacidade de filtrar resíduos e fluidos do sangue. Fatores como hipertensão arterial, diabetes, doenças autoimunes e doenças renais genéticas podem desencadear essa condição. Quando os rins não funcionam adequadamente, os resíduos se acumulam no corpo, o que pode levar a uma série de problemas. Em estágios iniciais, não há sintoma algum, mas à medida que a doença progride, uma variedade de complicações ocorre. Os tratamentos visam retardar a progressão da doença e controlar os sintomas e minimizar o risco cardiovascular associado.

A lesão renal aguda é uma rápida e abrupta redução na função dos rins, resultando na incapacidade de remover resíduos e excesso de fluidos do corpo. É frequentemente causada por condições como desidratação grave, pressão arterial baixa, infecções, cirurgias complexas ou uso de certos medicamentos. Embora muitas vezes reversível, a lesão renal aguda requer atenção médica imediata para prevenir complicações graves, em ambiente hospitalar. Após a desospitalização, é pertinente fazer acompanhamento da saúde renal, uma vez que tais eventos agudos costumam deixar sequelas na filtração dos rins.

A litíase renal, também conhecida como pedras ou cálculos nos rins, é uma condição na qual se formam cristais nos rins. Esses cristais podem se aglomerar e formar pedras, que podem bloquear os ureteres. Os sintomas incluem dor intensa na região lombar, sangue na urina e desconforto ao urinar. Em situações de cólica renal o paciente necessita de atendimento hospitalar para manejo de dor e por vezes consultar urologista para remover cálculos renais. O papel do Nefrologista, em consultório, é identificar o erro metabólico, mediante análise da urina, e prescrever tratamento preventivo para formação de novos cristais e cálculos renais.

As glomerulopatias (ou populares “nefrites”) são doenças que afetam os glomérulos, que são pequenos vasos sanguíneos nos rins. Os glomérulos são responsáveis por filtrar o sangue e remover as toxinas do corpo. Quando os glomérulos estão danificados, eles não podem filtrar o sangue adequadamente, o que pode levar a uma série de problemas de saúde, incluindo lesão renal aguda e doença renal crônica (vide acima). Existem muitos tipos diferentes de glomerulopatias, e as causas podem variar. Algumas glomerulopatias são causadas por infecções, enquanto outras são causadas por doenças autoimunes e até mesmo hereditárias. É necessário, em tal situação, seguimento com especialista em Nefrologia, para definir necessidade de biópsia renal e diagnóstico correto, bem como o tratamento adequado.

O aconselhamento para o início da Terapia Substitutiva Renal é um processo crucial para pacientes com doença renal avançada. Neste momento, é importante esclarecer ao paciente e sua família sobre as opções de tratamento, como hemodiálise, diálise peritoneal ou transplante renal, explicando os benefícios, riscos e impacto na qualidade de vida. A decisão deve ser personalizada, considerando a saúde geral, preferências e circunstâncias individuais. É importante o envolvimento multidisciplinar nesta fase, com psicólogo, nutricionista, e também outras especialidades médicas como cardiologista e cirurgião vascular.

A Terapia Substitutiva Renal é um conjunto de tratamentos médicos que substituem parcial ou totalmente a função dos rins em pessoas com doença renal em estágio avançado. As modalidades podem ser hemodiálise, diálise peritoneal ou transplante renal. Cada uma destas modalidades tem suas peculiaridades, e devem ser seguidas com minúcia. Se você já realiza terapia substitutiva renal ou é transplantado renal, é importante realizar exames periódicos e reavaliação ampla, frequente e detalhada, com especialista em Nefrologia.

Existe uma infinidade de patologias renais ainda, como malformações renais, nefrites túbulo-intersticiais, tubulopatias, doenças de depósitos, que também são campo de atuação do Nefrologista. O seguimento e tratamento de tais condições são essenciais para evitar progressão de doença ou complicações maiores.